Todas as casas contam uma história. Elas plasmam as nossas memórias. É com elas que vamos continuar a construir o futuro da nossa família...
Esta encantadora casinha é assim chamada porque está construída em cima da antiga eira de pedra, onde se malhavam e secavam os cereais. Retém as memórias das desfolhadas, das malhadas e dos convívios com os amigos. Um espaço tão soalheiro que, no inverno, acolhia a família no seu aconchego e permitia as merendas deliciosas da Avó Lurdes. Todas as nossas casas estão recheadas de memórias e esta traz mais uma à história desta família.
O apartamento sobranceiro ao Douro fica com o nome de “Cortiço”. É assim chamado, numa homenagem ao mel, um alimento secular que também se produziu na nossa propriedade, exatamente neste local. A família reunia-se para extrair este néctar, laboriosamente produzido pelas abelhas, para lhe servir não só de iguaria, mas também de medicamento caseiro para as maleitas comezinhas do dia a dia.
O Duplex tem o nome de “Vinha”. Aqui existiam umas belgas que eram plantadas em forma de vinha e acrescentavam o pecúlio vinícola da família. Quando ninguém sabia do anfitrião da casa dizia-se: - “ O Sr. Silva está na vinha “. E era verdade. Pacato como era, gostava de observar a vista lá de cima e saborear o sossego daquele lugar mais recatado da propriedade.
A casinha da entrada pelo parque, chama-se “Alpendre”. Tão só porque aqui se guardavam os cereais para sustento da casa e as alfaias para o seu cultivo. É um dos espaços que também pretende guardar, de um modo particular os que, por qualquer circunstância de vida, sofram de algum handicap e precisem de condições especiais de habitabilidade.